WASHINGTON, D.C. – A temporada de impeachment dos democratas começou.
A Câmara dos Representantes bloqueou na quinta-feira uma resolução para impugnar o presidente Donald Trump, em uma votação bipartidária de 237 a 140, com 23 democratas votando pelo arquivamento e 47 votando “presente”.
O fracasso da resolução não é surpreendente, já que os republicanos ainda controlam a Câmara e forçaram a votação.
O representante Al Green (D-Texas), que apresentou a proposta, já teve uma tentativa de impeachment rejeitada este ano e vem introduzindo moções contra o presidente desde que Trump assumiu o cargo pela primeira vez, em 2017.
Mas com a campanha se aproximando, a popularidade de Trump em queda e os eleitores das primárias democratas buscando candidatos com postura firme, a iniciativa solitária de Green para usar o poder de impeachment da Câmara começa a atrair novos apoiadores interessados em ganhos políticos mesmo que gere reviradas de olhos entre outros membros do partido.
A representante Haley Stevens (D-Michigan) apresentou moções de impeachment contra o secretário de Saúde e Serviços Humanos, Robert F. Kennedy Jr., na quarta-feira, e o representante Shri Thanedar (D-Michigan) introduziu nesta semana moções contra o secretário de Defesa, Pete Hegseth, por seus ataques mortais a barcos e pelo suposto manuseio imprudente de informações confidenciais.
Tanto Stevens quanto Thanedar buscam reforçar sua imagem entre os eleitores democratas. Stevens é a candidata moderada em uma disputa primária de três nomes para o Senado, e Thanedar, um dos membros mais peculiares e controversos da Câmara, tenta conter um desafio do progressista Donovan McKinney.
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