O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que pretende transferir jogos da Copa do Mundo de 2026 de qualquer cidade americana que considere insegura para receber o evento. A declaração foi dada a jornalistas no Salão Oval, em meio a preocupações sobre segurança nas cidades-sede do torneio.

A Copa do Mundo de 2026 será realizada em conjunto por Estados Unidos, Canadá e México, com os EUA recebendo 78 das 104 partidas, incluindo a final. Onze cidades americanas estão programadas para sediar jogos: Atlanta, Boston, Dallas, Houston, Kansas City, Los Angeles, Miami, Nova York/Nova Jersey, Filadélfia, San Francisco e Seattle.

Trump destacou que, se considerar que alguma dessas cidades oferece risco, os jogos serão transferidos para outros locais. Ele citou especificamente Seattle, San Francisco e Los Angeles (todas administradas por prefeitos do Partido Democrata) como possíveis alvos de mudanças, caso haja qualquer ameaça à segurança durante o torneio ou mesmo nas Olimpíadas de 2028, que também terão Los Angeles como sede.

Apesar das declarações, a decisão sobre as cidades-sede cabe à Fifa, que organiza o evento e já enfrenta desafios logísticos para qualquer alteração nesta fase do planejamento. Não está claro se Trump teria autoridade para impor mudanças, embora mantenha relação próxima com o presidente da Fifa, Gianni Infantino, e seja presidente do grupo de trabalho da Copa do Mundo.

A segurança tem sido um dos temas centrais do governo Trump. Recentemente, ele enviou tropas da Guarda Nacional e agentes federais a Washington DC, Memphis, Chicago e Los Angeles para lidar com questões de criminalidade e protestos, mesmo diante de dados que indicam queda nos índices de violência em algumas dessas cidades.

O sorteio dos grupos da Copa do Mundo está marcado para 5 de dezembro, em Washington DC, e o torneio será disputado entre 11 de junho e 19 de julho de 2026.

Esta não é a primeira vez que Trump se pronuncia sobre o evento. Em maio, ele sugeriu que permitir a participação da Rússia poderia ser um incentivo para o fim da guerra na Ucrânia, apesar de a seleção russa estar banida de competições internacionais desde 2022.

A Fifa ainda não comentou as declarações do presidente americano.

Foto: Getty Images

Fonte: BBC Sport